Trago nas mãos as marcas da luta diária.
Verde, rosa ou vermelha.
Do risco e do rabisco.
Da rejeição e do aceite.
Do desfazer o que já foi feito.
Do sujar a limpeza dos outros.
Nada pode passar em branco só as marcas do corretivo.
Arquivo mensal: dezembro 2016
Trigo da elite
Na cidade,
O esgoto dos ricos
A merda dos pobres
Os ratos
cagam no trigo da elite.
O esgoto dos ricos
A merda dos pobres
Os ratos
cagam no trigo da elite.
É o ciclo,
É o círculo,
É o circo da des)humanidade.
É o círculo,
É o circo da des)humanidade.
Nas praças,
A água
A água
O vômito
O mijo
l(e)ava o humilhação do público humano.
l(e)ava o humilhação do público humano.
É o caminho,
É a cama,
É o crime da des)humanidade.
É a cama,
É o crime da des)humanidade.
Nas ruas,
Os motores
Os motores
As motos
Os monstros
atropelam nas encruzilhadas.
atropelam nas encruzilhadas.
É o luxo
É o lixo
É a diarréia da des)humanidade.
É o lixo
É a diarréia da des)humanidade.
Nas calçadas
Os moradores
As meninas
As mulheres
morrem no lixo da urbanidade.
É a sobra
É a sombra
É o desprezo da des)umanidade.
Nas quebradas
Queima
a pedra
o fogo
os pneus do microondas.
Queima
a pedra
o fogo
os pneus do microondas.
É a vida
É a morte
É o fim da humanidade.
É a morte
É o fim da humanidade.
Destempero
Ao tempo
Em tempo
A tempo
No tempo
Estampo
Em tempo
A tempo
No tempo
Estampo