Se na verdade oculta da fantasia de cada um está o absoluto, sou um nada, um vazio, por que me recuso a essa totalidade. Se erro, e ah! como erro! é por me considerar humano.
Tento a todo minuto acertar meus erros para tentar alinhavar um perspontado mais ou menos reto, para que a barra da vida fique mais leve.
É nessas horas, em que acredito estar acertando os error, que me vem navalhas, tesouras ou línguas a destruir o cosido e me fazer desacreditar no ser humano.
Amizades são como garrafas plásticas no mar, ora boiam, ora afundam, mas somente fazem poluir o que poderia estar limpo. E como nos desapontamos com essas garrafas! Verdes, azuis, transparentes, lindas formando continentes de sujeira a destruir a natureza das coisas.
Não sei porque ainda procuro o ponto certo pra não me desapontar, pois no final, uma hora ou outra acho a garrafa plástica entalada na garganta de um golfinho semi-morto e, nesse instante, descubro que esse golfinho tem a minha cara.
E não será esse ponto que vai me ajudar a arrumar a barra.
Ele será o ponto do nó da forca que me matará.