Bom senso,
moeda rara.
Verdade não vale nada.
Arquivo mensal: janeiro 2018
hurt, perchance to death
Solitariedade do corpo.
Ninguém sentirá a sua.
E você,
Não, não poderá ter a de ninguém.
Alteridariamente
Podemos fantasiar o grito das células.
Jamais ser a dor,
“Dormir, talvez sonhar – eis o problema:
Pois os sonhos que vierem nesse sono
De morte, uma vez livres deste invólucro
Mortal, fazem cismar.”
(Shakespeare, Hamlet, Ato III, cena I)
e depois da loucura o que é que tem?
Logo ali,
Mais adiante,
Na curva-luz que os olhos alcançam,
Ela está lá.
Todos sabem.
Todos a vêem.
Mas e depois dela?
Alguém pode me dizer?
Será que depois da navilouca a sã idade aparecerá?
Será que além dos muros está o lado da normalidade?
Ou estaremos condenados a nunca enxergar além dos nossos próprios delírios?
Talvez só saiba quem foi,
Mas se sabe que nunca mais voltará.
Ansiedade
Tédio na espera
Dor no atraso
Desespero na chegada
O tempo de um anseios é como um ônibus que nunca chega, e quando vem passa direto.
Malestar
Dor ainda.
Não há enjoo,
Nem dor de barriga.
A cabeça dói monstruosamente
Uma ressaca sem álgoool.
Calor demais.