Molha
Cansa
Quebra
do
Molha
Cansa
Quebra
do
Mas
para que
tanto prédio?
tanto cinza?
Do que me vale saber se aqui ou acolá
A cidade que não me serve
Nasceu da (má) vontade de índios e jesuítas.
E o calor absurdo?
E o frio desumano?
De que me serve isso tudo em só dia?
Mas não virá o dia que
Em meio a milhões de pessoas
Não me sentirei sozinho.
E o meu caminho
Será sempre nada.
Pois assim é viver
na
Desu (ur/um) ana paisagem
Quero
o que tens entre os braços
quero tudo.
Peito. coração. pulmão.
Quero
e o que tens nas mãos
quero,
e o que tens nos pés
quero,
e o que tens na cabeça
quero,
e o que está nas tuas costas
também quero.
Mas o que escondes por entre as pernas…
Desejo
Há muito minha vida não tem nada de normal.
Mas, afinal, o que é o normal senão uma patologia do caos?
Aí você vê iluminados veganos rindo da contaminação alheia,
viris carnívoros ejaculando na intoxicação mundial
e omnívoros passivos se refastelando no ódio alheio.
Enquanto isso alguém chora que quer arroz, feijão, bife e batatas fritas pelo menos uma vez na semana.