Trago nas mãos as marcas da luta diária.
Verde, rosa ou vermelha.
Do risco e do rabisco.
Da rejeição e do aceite.
Do desfazer o que já foi feito.
Do sujar a limpeza dos outros.
Nada pode passar em branco só as marcas do corretivo.
Arquivo da categoria: vida
Trigo da elite
Na cidade,
O esgoto dos ricos
A merda dos pobres
Os ratos
cagam no trigo da elite.
O esgoto dos ricos
A merda dos pobres
Os ratos
cagam no trigo da elite.
É o ciclo,
É o círculo,
É o circo da des)humanidade.
É o círculo,
É o circo da des)humanidade.
Nas praças,
A água
A água
O vômito
O mijo
l(e)ava o humilhação do público humano.
l(e)ava o humilhação do público humano.
É o caminho,
É a cama,
É o crime da des)humanidade.
É a cama,
É o crime da des)humanidade.
Nas ruas,
Os motores
Os motores
As motos
Os monstros
atropelam nas encruzilhadas.
atropelam nas encruzilhadas.
É o luxo
É o lixo
É a diarréia da des)humanidade.
É o lixo
É a diarréia da des)humanidade.
Nas calçadas
Os moradores
As meninas
As mulheres
morrem no lixo da urbanidade.
É a sobra
É a sombra
É o desprezo da des)umanidade.
Nas quebradas
Queima
a pedra
o fogo
os pneus do microondas.
Queima
a pedra
o fogo
os pneus do microondas.
É a vida
É a morte
É o fim da humanidade.
É a morte
É o fim da humanidade.
Narizes
Temo-los todos:
Compridos,
Tortos,
Empinados,
Largos,
Pequenos,
Aduncos,
Redondos,
Inchados,
Vermelhos ou sardentos.
Quero-os todos
Em toda sua diversidade.
Quero o nariz de Cleopatra, O de Jimmy Durante.
O nariz de Einstein e o nariz de Obelix.
Quero o nariz de Dustin Hoffman
E o nariz inexistente de Voldemort
Quero sobretudo o Nariz de Gogol.
O nariz livre e de vontade própria.
Para que todos os narizes sejam livros,
Livres como as orelhas de um livro.
Liverache II
É gente!
A coisa tramal por aqui.
Filho de uma fígada!!!
Gain without pain, please!
“No pain, No gain” o caralho!!!
Se fosse verdade
Eu já seria trilhardário.