Da primeira vez, logo que ao mundo vim.
Mal (havia) acabado de nascer.
Ao meu lado, nem anjo ou querubim
Nem mesmo um demônio ousou crescer.
Na segunda, me encontrei na selva escura
Onde começava a via da minha vida.
Esta se achou no ardor perdida
E se queimou de dor ardida.
Na terceira,
O que foi perdido
E o que foi achado
Me des()encontrou traído
Pelo amor travado.
Na quarta,
para(noias me assolaram
com grossos coturnos 46 de bico largo
Mas foi pouco e não me massacraram.
Quantas vezes mais virão
Não me cabe saber.
(de virada ou de viés)
Só resta a certeza que sempre vou sobreviver.
Se isso é bom ou ruim
Não sei lhes dizer
E se soubesse
Nada contava.
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Ex-biólogo, ex-analista de sistemas, ex-fotógrafo, escritor, jornalista e editor de livros. Nascido numa quarta-feira de cinzas, para ser pai de meninas e de palavras. E ainda não sei o que é mais difícil de cuidar.
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